terça-feira, 2 de abril de 2013

Muitas vezes nos perguntamos, como iniciar e manter as iniciativas de Lean e Qualidade. É só se sentir como uma flor no meio de um canteiro de cebolas: Pense alto, mas fique perto de suas raízes...


O que fazer se ninguém quiser ouvi-lo, se você tiver problemas para atrair a atenção das pessoas e estiver sentindo-se como 'uma petúnia solitária em meio a um canteiro de cebolas"?
A resposta é: pense alto, mas fique perto de suas raízes.
Escolha esforços de melhoria ao alcance de seu controle. Assegure-se que eles atrairão a atenção das pessoas pelo menos dois níveis acima na cadeia de comando. Procure projetos com grandes implicações financeiras, como redução de desperdícios ou aumento da receita. Concentre-se em obter resultados que outros, mesmo os céticos, respeitarão. Envolva os colegas em seus esforços, dividindo os créditos pelo sucesso do trabalho. Construa, aos poucos, uma rede de simpatizantes.
Seja paciente, persistente. Quando alguém manifestar interesse, esteja preparado para fornecer mais informações e detalhes sobre as implicações. Identifique as perguntas ou objeções mais comuns e tenha as respostas à mão. Compile histórias de sucesso. Arranje meios de convencer os gerentes a conhecer pessoalmente as mensagens dos gurus da qualidade / meio ambiente / melhoria contínua / processos / sustentabilidade.
O transformador do "canteiro de cebolas" precisa ter sempre em mente que os esforços devem ter o objetivo de chamar a atenção dos gerentes de alto nível, educá-los, tornando-os adeptos e defensores. Sem sua adesão, todos os esforços de transformação irão por água abaixo.
Adaptado de SCHOLTES, Peter R., 1992 (Times de Qualidade: Como usar equipes para melhorar a qualidade.

segunda-feira, 1 de abril de 2013


O princípio que ajuda a construir o Lean Manufacturing e o Lean Office é a padronização. Se não ajuda na construção, ajuda na manutenção...recomendo a leitura do site ou a assinatura da revista Banas qualidade. Sempre estão na vanguarda da divulgação de temas de qualidade e produtividade no Brasil...

25/03/2013 - Um padrão para as roupas masculinas no Brasil
Hayrton Rodrigues do Prado Filho

O homem chega em uma loja, prova uma calça 40 e ela fica boa, perfeita. Caminha alguns metros, entra em outra loja, pede o mesmo número e é batata: parece que seu corpo aumentou dois tamanhos e a calça não passa do quadril. Não é possível que o corpo da pessoa mude de uma loja para outra. O problema é mais em baixo, ou seja, é a falta de padronização na indústria do vestuário. Se a pessoa não aguenta mais ser vidente de provador – e sempre que precisa provar uma roupa respira fundo, fecha os olhos e pede para aquilo acabar logo, saiba que essa angústia pode acabar, pois essa falta de padronização vista no Brasil é consequência da inexistência, até agora, de uma diretriz para o tamanho das confecções.
Algumas empresas seguem alguma norma, mas as indústrias menores estão tendo dificuldade em se enquadrar e mudar a costura de seus produtos. Somente com a padronização de medidas os consumidores serão beneficiados não apenas por poderem comprar sem precisar adivinhar o tamanho de roupa ideal para seu manequim. Também, as compras on-line, via internet, poderão aumentar, já que será possível comprar sem ficar na dúvida se a peça escolhida vai servir ou não.
Dessa forma, foi publicada a NBR 16060 de 04/2012 Vestuário – Referenciais de medidas do corpo humano – Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial, que faz parte de uma das série de normas que tratam essencialmente da designação de tamanho de vestuário, não sendo diretamente relacionada aos sistemas de tamanho. O principal objetivo dessa e de outras normas desta série é o estabelecimento de um sistema de designação de tamanho que indique (de maneira simples, direta e significativa) o tamanho do corpo masculino em que uma peça de vestuário deve servir exatamente. Desde que a forma do corpo (conforme indicado pelas dimensões apropriadas) tenha sido determinada com exatidão, este sistema facilitará a escolha de roupas que se adaptem exatamente ao usuário.
O sistema de designação de tamanho é baseado nas medidas do corpo e não nas medidas da roupa. A escolha das medidas da roupa é normalmente deixada ao estilista, ao modelista e ao fabricante, que estão preocupados com o estilo, corte e outros elementos da moda, e que devem levar em consideração as roupas normalmente vestidas sob uma roupa externa específica. As definições e o procedimento de medição do corpo são prescritos na ISO 3635, que é aplicável a todas as categorias de vestuário.
Dessa forma, essa norma estabelece um sistema de indicação de tamanhos de roupas para homens de corpo tipo normal, atlético e especial (incluindo roupa de malha e roupa de banho), que são classificadas como: a) cobrindo a parte superior do corpo ou o corpo inteiro, ou b) cobrindo somente a parte inferior do corpo, c) aplica-se a roupas civis e uniformes. As dimensões primárias devem ser conforme descrito a seguir:
a) roupas masculinas que cobrem a parte superior do corpo ou o corpo inteiro:
1) perímetro do tórax;
2) perímetro da cintura;
3) estatura;
4) perímetro do quadril;
b) roupas masculinas que cobrem somente a parte inferior do corpo
1) perímetro da cintura;
2) estatura;
3) perímetro do quadril;
A designação de tamanho de cada peça de roupa deve incluir as dimensões primárias (ver Seção 4), em centímetros, de quem veste a roupa pretendida. Sempre que possível, convém que um pictograma padrão, conforme dado na ISO 3635, seja utilizado como um meio de indicar a designação de tamanho. Caso não seja possível utilizar o pictograma padrão, os valores numéricos das dimensões primárias devem ser dados, juntamente com as palavras descritivas, como perímetro do tórax, perímetro da cintura etc. ao lado, na ordem em que elas são dadas na Seção 4.
Os requisitos do item 5.1 não podem impedir o uso, em casos excepcionais e conforme especificado pela organização de normas nacionais em questão, das a) designações de tamanho incluindo somente uma ou duas das dimensões primárias aplicáveis; b) designações de tamanho mostradas como uma faixa de medida estabelecendo as medições primárias mínimas e máximas separadas por um traço oblíquo ou um hífen. As medidas de roupas não podem ser incorporadas na designação de tamanho, porém, quando consideradas importantes, as medidas de roupas podem ser indicadas separadamente (ver 6.3). A designação de tamanho de cada peça de roupa deve ser indicada de forma clara, visível e legível em uma etiqueta ou em uma etiqueta pendurada (tag), ou em ambos. Os pictogramas devem ser grandes o suficiente para assegurar o entendimento imediato e os numerais devem, em todos os casos, ser facilmente perceptíveis. Informações adicionais à designação de tamanho podem ser indicadas separadamente na etiqueta ou no etiqueta pendurada (tag) , ou ambos, desde que não reduzam de qualquer forma a importância e a visibilidade da designação de tamanho. Tais informações adicionais podem incluir um número de código de tamanho, medidas do corpo ou medidas de roupas consideradas informações úteis.