segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Células de trabalho na Engenharia

O equivalente da célula com fluxo de peça única nos processos de engenharia enxutos seria uma equipe multifuncional dedicada a um processo de engenharia que trabalhasse exatamente de acordo com a necessidade, no sequenciamento indispensável para a entrega dos produtos administrativos. Informação externa e materiais podem então ser puxadas de acordo com as necessidades por essa “célula virtual”.


Infelizmente, o nível de precisão dos processos rotineiros que existe na produção não é viável no âmbito da engenharia, que é um processo criativo, mesmo que em rotinas de consultas e alterações mínimas de produtos standard (especiais). Mesmo assim, é necessário utilizar princípios análogos à produção a fim de reduzir a variabilidade e eliminar grande parte do retrabalho mediante rigorosa disciplina de tarefas e trabalho; gerenciar a capacidade e nivelar a carga de trabalho por meio do planejamento detalhado das atividades e do uso de recursos flexíveis em períodos de pico e quando houver a necessidade de substituição de pessoas (rotação, férias, licenças, etc); criar fluxo através de liberação escalonada de ações (por exemplo, organização por meio de caixa de entrada, varais seqüenciadores, FIFO, etc) e sincronização multifuncional (entrega dos resultados dos trabalhos nos prazos necessários para não provocar esperas nas etapas subseqüentes); e orquestrar o sistema em seu conjunto por meio de mecanismos cadenciados (especialmente quando se trabalhar em projetos de desenvolvimento longos, tais como um produto totalmente novo).
Texto adaptado do “Sistema Toyota de Desenvolvimento de Produtos – Integrando Pessoas, Processos e Tecnologia” de James M. Morgan e Jeffrey K. Liker.

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